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Saúde Pélvica: O Segredo do Bem-Estar Feminina

  • Isabela Costa
  • 11 de abr.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 26 de mai.

A fisioterapia pélvica é essencial para a saúde íntima da mulher, abordando disfunções do assoalho pélvico com técnicas especializadas


Por: Isabela Costa


A saúde na área pélvica feminina é pouco mencionada, mas muito essencial. Muitos são os casos de mulheres que têm alguma doença ou disfunção na sua parte pélvica (órgãos reprodutivos, urinários, intestinais e ósseas) e não sabem que têm ou, se sabem, não têm o conhecimento dos cuidados necessários.


A entrevistada doutora Hellen Miranda, fisioterapeuta pélvica, trata e avalia condições que afetam o assoalho (conjunto de músculos, ligamentos e tecidos que sustenta os órgãos pélvicos), e, menciona ao decorrer da entrevista, conselhos voltados para essa região do corpo feminino. “Como fisioterapeuta, meu compromisso é acompanhar cada paciente em sua jornada de reabilitação, atendendo às suas necessidades individuais e, com ética, dedicação e responsabilidade, devolver a autonomia e a qualidade de vida.”, relata.


Muitos casos tratados pela fisioterapeuta, como incontinência urinária, dores pélvicas, dores na relação sexual, constipação crônica (dificuldade consistente na hora de evacuar, que pode durar meses ou anos), disfunção na micção (dificuldade para urinar, ou seja, alterações no ato de urinar) e disfunção sexual (dificuldade para ter relações sexuais satisfatórias, afetando o desejo, excitação e o orgasmo), são situações que podem ser prevenidas e tratadas com antecedência quando se sabe dos devidos cuidados.


Sintomas de “perdas urinárias de qualquer forma, urgência posta para urinar, perda de gases e/ou fezes, dores nas relações sexuais, constipação, etc.”, são sinais de alerta mencionados pela entrevistada, avisando que há algo de errado na área pélvica.


Para se saber se o assoalho pélvico está funcionando bem, é recomendado pela doutora fazer uma anamnese (uma entrevista entre um profissional da saúde e um paciente, que visa recolher informações sobre a saúde do paciente), sendo uma etapa fundamental para o diagnóstico de uma doença e, logo após essa entrevista, uma avaliação física que consiste em analisar a força e a função dos músculos do assoalho, tendo como objetivo identificar disfunções e traçar um plano terapêutico.


Dentro dessa avaliação física, são utilizados métodos como a palpação digital, perineometria (exame que mede a pressão na vagina durante a contração dos músculos do assoalho pélvico), cones vaginais, eletromiografia (exame que avalia a atividade elétrica dos músculos e nervos), ressonância magnética, teste PERFECT (ferramenta muito utilizada para avaliar a incontinência urinária), e dinamômetro perineal (usado em fisioterapia pélvica para avaliar a força muscular e possíveis disfunções). “A avaliação é no consultório, inicialmente, com uma conversa para saber as principais queixas e desconfortos. O tratamento é tranquilo e indolor, podendo ser um pouco constrangedor no início, mas é tranquilo”, compartilha Hellen Miranda.


A importância da saúde pélvica da mulher está ligada a saúde sexual (o assoalho pélvico participa de várias etapas da resposta sexual); saúde urinária (o controle da bexiga está diretamente ligado ao bom funcionamento do assoalho, sendo essencial que ele opere de forma adequada para reter a urina e para permitir a esvaziamento da bexiga); e saúde intestinal (influencia no esvaziamento e controle das fezes).


A fisioterapia pélvica tem como objetivo fortalecer os músculos do assoalho pélvico, parte que sustenta os órgãos genitais, urinários e reprodutores. Com essa meta em mente no ambiente de trabalho, a doutora comenta sobre quais ações tomar para se manter a saúde pélvica a longo prazo: “Evitar atividades físicas de impacto, cuidando da alimentação, evitando a constipação, evitar ficar segundo o xixi por muito tempo, cuidar precocemente dessa região, mesmo sem ter alguma queixa ou desconforto, assim, terá um assoalho pélvico saudável.”.

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